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Etapa Sul da 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação finaliza com mais de 30 recomendações para a fase nacional

Segundo dia da conferência reuniu cinco grupos de trabalho distintos

Publicado em 26 abr 2024.
Discussão dos Grupos de Trabalho. Foto: Carol Castanho/ Divulgação

De forma democrática, os mais de 200 participantes da etapa regional Sul da 5ª Conferência de Ciência, Tecnologia e Inovação elencaram 33 recomendações prioritárias dos três estados do Sul do país para o setor de Ciência, Tecnologia e Inovação. O encontro aconteceu nesta sexta-feira (26), na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), em Curitiba, no Paraná.

O debate antecede a  5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação que será realizada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), de 4 a 6 de junho, no espaço Brasil 21, em Brasília (DF), com o tema “Ciência, Tecnologia e Inovação para um Brasil Justo, Sustentável e Desenvolvido”.

O público participou dos debates divididos em cinco grupos de trabalho que abordaram eixos temáticos distintos: Recuperação, expansão e consolidação do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação- GT 1;   Reindustrialização Em Novas Bases E Apoio À Inovação Nas  Empresas- GT2; Ciência,Tecnologia E Inovação Para Programas E Projetos Estratégicos-  GT3;  Ciência, Tecnologia E Inovação Para O Desenvolvimento Social – GT4 e Estratégias De Popularização Da Ciência- GT5.

Entre as recomendações do grupo um está a revisão da estrutura hierárquica e apriorística do Sistema Nacional de Ciência Tecnologia e Inovação – SNCTI. Já o grupo dois sugeriu o fomento e criação de parcerias entre os atores para criação de um ambiente favorável aos negócios e à inovação, em especial à indústria desde o pequeno negócio, promovendo a colaboração entre os setores público e privado.

O três optou entre outros pontos, pelo fomento, implementação e fortalecimento de políticas em CTI focadas nos seguintes setores estratégicos: saúde, educação, cidades inteligentes, biotecnologias, agricultura, pecuária, recursos pesqueiros, economia do mar, energias renováveis e mudanças climáticas, tanto em centros urbanos quanto em comunidades rurais e tradicionais. O grupo quatro recomendou a formação de recursos humanos e o financiamento em cti com impacto social. E por fim, o GT cinco propôs entre outros itens a garantia do papel estratégico da divulgação e popularização da ciência, para o fortalecimento de uma cultura científica no país, pressupõe um robusto e permanente investimento em iniciativas e projetos de educação e divulgação científica.

Cada proposta contou com revisão do público em plenária e passou por votação coletiva em auditório. “Em nome da ministra, agradecemos ao Paraná pela organização. Seguimos num ritmo intenso de atividades. Mais de 200 reuniões já foram realizadas e a participação social tem sido um resultado positivo. Essa conferência é um momento de escuta para a população que não teve oportunidade há 14 anos de expressar as suas preocupações e opiniões. Muita coisa mudou, passamos por uma pandemia, os desafios da ciência e tecnologia mudaram”, pontuou a chefe da Assessoria de Participação Social e Diversidade do MCTI, Elisângela Lizardo.

O  secretário de Ciência e Tecnologia e Inovação e Ensino Superior do Paraná, Aldo Bona, encerrou a etapa regional da conferência falando da importância da construção da estratégia nacional de CT&I. “Que possamos confiar na possibilidade de construirmos uma estratégia nacional de ciência, tecnologia e inovação que se converta numa política nacional, e que seja o motor de desenvolvimento econômico e social desse país. Que possamos todos cooperar para a construção de uma sociedade do conhecimento que tem como principal característica ser uma sociedade inclusiva”, finalizou.

Ainda falaram no encerramento do evento as representantes das secretarias de CT&I do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, Paola Richter (Diretora de Gestão da Inovação da Secti/RS),  Cristiane Iata (Gerente de Formação para Profissionais do Futuro e Negócios Inovadores – Secti/SC), o reitor da UTFPR,  Marcos Flávio de Oliveira e a pró-reitora, Cláudia Xavier, responsável pela organização do evento.

Por Bel Neta