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O papel da ciência no desenvolvimento social do Brasil foi debatido em conferência no Rio de Janeiro

MCTI defende os saberes populares como fundamentais para a popularização da ciência

Publicado em 18 mar 2024.

A Conferência de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Social, que aconteceu até sexta-feira 15/03, no Teatro Odylio Costa Filho (UERJ), no Rio de Janeiro, encerrou com a leitura do documento guia que será enviado para a etapa nacional (5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação).  

A finalização do evento contou com a participação de autoridades como a reitora da UERJ, professora Gulnar Azevedo e Silva, a deputada federal Jandira Feghali e a ministra da Ciência e Tecnologia e Inovação, Luciana Santos (MCTI). 

Durante a mesa de encerramento, o secretário de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Social do MCTI, Inácio Arruda, defendeu os saberes populares como fundamentais para a popularização da ciência. “Nós precisamos colocar a ciência, a tecnologia e a inovação nas mãos do nosso povo. Precisamos reconhecer, fortemente, as iniciativas, os saberes populares das nações nativas, dos quilombolas, perceber a diversidade gigantesca de produção de tecnologias, muitas vezes de sobrevivência, do nosso povo. Essa união, do nosso povo, que dará sustentação a um vasto programa de educação científica e popularização da ciência”, disse.  

Já a parlamentar Jandira Feghali lembrou da disputa na sociedade sobre a importância da ciência. “Nós passamos alguns anos sofrendo e perdendo vidas por conta da negação da ciência. Disputar na sociedade a importância da ciência, da tecnologia e da inovação é uma responsabilidade nossa e quando olho para o auditório, vejo os principais multiplicadores dessa disputa, pois vocês vão levar a afirmação da consciência que a ciência é um direito, que a inovação é necessária, que o Brasil só se desenvolve com a ciência.” 

A ministra Luciana Santos valorizou o papel das conferências colocando-as como ações decisivas depois de um hiato de 14 anos sem ausculta social na área.  “Não há como planejar ações, discutir estratégia de uma política pública tão estruturante para o país achando que vamos resolver isso apenas no âmbito técnico e gerencial do ministério. É preciso abrir para o diálogo via comunidade e as conferências temáticas ajudam a sistematizar os assuntos de maneira mais apropriada”reiterou.  

 

Aspas Luciana Santos 

“As Conferências são decisivas. Depois de 14 anos sem haver conferência de ciência e tecnologia, nós precisávamos retomar o diálogo. Não há como você planejar ações, discutir estratégia de uma política pública tão estruturante para o país achando que vamos resolver isso apenas no âmbito técnico e gerencial do ministério. É preciso abrir para o diálogo via comunidade e as conferências temáticas ajudam a sistematizar os assuntos de maneira mais apropriada.” 

“As mulheres, nós, já somos a maioria das universitárias, somos também a maioria no começo da carreira científica. No entanto, no topo da carreira científica há um funil em que diminuímos a nossa presença, o que significa que é preciso modificar medidas, métodos e levar em conta as especificidades de uma cultura machista, cujas amarras dessa cultura impedem que a mulher permaneça naquilo que a mulher deseja ser. Então são essas políticas que temos que fazer um ajuste fino para dar uma maior plenitude que garantir o mínimo, o qual é a condição das mulheres serem aquilo que elas quiserem.”

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