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Cooperações internacionais fortalecem a CT&I no Brasil, debatem painelistas

Sessão tratou sobre a necessidade de mais investimentos e da diplomacia também na área de Ciência e Tecnologia.

Publicado em 02 ago 2024.
Foto: Diego Galba (Ascom/MCTI)

Nesta quinta-feira (1°), terceiro e último dia da 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (5CNCTI), a ‘Cooperação Internacional e as Alianças Estratégicas em CT&I’ foi tema de discussão por importantes nomes do Brasil e do exterior.  Os palestrantes falaram sobre as possibilidades de financiamento Ibero-americano, diplomacia em CT&I, projetos de cooperação na Amazônia e os investimentos da Argentina na área.

A sala foi coordenada por Carlos Matsumoto, assessor Especial de Assuntos Internacionais do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). A mesa reuniu Luis Telo Gama (CYTED-Espanha); Rafael Leal (Ministério das Relações Exteriores); Victor Moriñigo (CIN – Argentina) e Vanessa Grazziotin (OTCA).

Realizada pelo MCTI e organizada pelo CGEE (Centro de Gestão e Estudos Estratégicos), organização social supervisionada pelo ministério, a 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação tem como principal objetivo discutir com a sociedade as necessidades na área de CT&I e propor recomendações para a elaboração de uma nova Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (ENCTI) até 2030. A 5ª Conferência conta com o patrocínio Master do Banco do Brasil e da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), patrocínio Ouro da Positivo e WideLabs, e patrocínio Prata da Caixa Econômica Federal e Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro).

Três pontos foram abordados pelo representante do MCTI: a importância da cooperação para a CT&I e a relação com a governança global; a atuação do ministério na implementação dessas parcerias e as recomendações que foram feitas durante as reuniões preparatórias da 5CNCTI sobre o quesito diplomacia.

“A cooperação internacional e alianças estiveram muito presentes no processo preparatório desta conferência. Entendo que a temática seria altamente benéfica para a implementação da nova Estratégia Nacional de CT&I, na qual todos os atores pudessem executá-la de forma coordenada com definição de prioridades de setores, temas e alianças estrategicas”, disse Matsumoto.

O assessor ainda pontuou algumas parcerias importantes que o Brasil tem feito em CT&I com outros países,  como Argentina (Reator Multipropósito), China (CBERS-5), e logo mais, com a África e Caribe (reativação do Pró-Sul, Satélite para florestas tropicais e Aceleradores de luz Síncrotron).

O financiamento de importantes projetos de cooperação foi colocado pelo secretário- geral do Programa Ibero-Americano de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento (CYTED), Luís Telo Gama. Apesar de ter representação no CYTED por meio do CNPq, os dados apresentados por ele mostram que o Brasil ainda tem baixa participação na entidade. “O Brasil participa abaixo da sua capacidade científico-técnica relativa”, alertou, colocando-se à disposição para os presentes sobre como participar do programa de financiamento.

Em contrapartida, o diplomata Rafael Leal apresentou o trabalho realizado pelo Itamaraty por meio do Programa Diplomacia da Inovação (PDI).  Entre os objetivos está a promoção do Brasil como país inovador; as parcerias internacionais entre outros temas.

Atualmente, o Brasil, segundo o palestrante, mapeia países promotores de inovação; estuda o mercado tecnológico; participa de missões e feiras tecnológicas; explora os mercados não tradicionais, a exemplo da Malásia e África do Sul; e participa de programa de incubação e aceleração cruzada com a Colômbia, México, por exemplo. “Temos alguns projetos em expansão para a capacitação de gestores de inovação estrangeiros, internacionalização de feiras tecnológicas brasileiras, roadshow de ICTs e mostras de inovação brasileira”, apontou Leal.

Preocupada com as parcerias internacionais voltadas para a Amazônia,  Vanessa Grazziotin, diretora-executiva da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), trouxe apresentação sobre o que a organização tem feito na área; os investimentos recordes do GEF (Global Enviroment Facility) no bioma; e  a importância da Amazônia para o equilíbrio climático global. “Para tudo precisa de investimento.  A gente precisa de integração. Nós temos um bioma que ele é compartilhado, e eu creio que o principal foco para além do investimento é a gente fazer um trabalho coordenado com todos os países que estão na Amazônia e que compartilham e dividem este bioma.  Grazziotin lembra que não adianta ter recursos e não saber usá-los de maneira eficiente e efetiva.

Por fim, Victor Moriñigo (CIN – Argentina), apresentou números do país portenho em ciência, tecnologia e inovação.  “Existe uma relação direta do PIB (Produto Interno Bruto) com a colocação de qualquer nação na área de CT&I”, frisou. Ele ainda sugeriu a criação de uma Agência Latino-Americana de Ciência e Tecnologia para fortalecimento dos países localizados nessa região.

Confira a íntegra do painel no canal do MCTI no YouTube.

Fonte: Ascom/MCTI.

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